BEETHOVEN, LUDWIG VAN (1770-1827)
ALEMÃO – ERA CLÁSSICA – 398 OBRAS
Ópera em 2 atos
Escrita entre 1804-1805; revisão em 1806 e 1814
Estreia em 20 de novembro de 1805, Theater an der Wien, Viena, Áustria - primeira versão
Estreia em 23 de maio de 1814, Theater am Kärntnertor, Viena - versão definitiva.
Singspiel * com libretto de Joseph Sonnleithner e Georg Friedrich Treitschke, a partir do libretto de Léonnore, ou L’Amour Conjugal (1789), de P.Gaveaux, peça em "prosa entremeada de canto" que, por sua vez, baseou-se em fatos ocorridos na França, durante o período do Terror, aos quais o autor (na época promotor público do Tribunal Revolucionário de Tours) se refere nas suas memórias.
Fidelio é a única obra teatral de Beethoven, que a compôs no ápice da sua maturidade artística. Mas a primeira versão, apresentada em 20 de novembro de 1805 no Theater an der Wien (Viena), com o título Fidelio, oder die eheliche Liebe (Op. 72), não teve recepção favorável do público, e Beethoven foi obrigado a suspender as apresentações.
Grande parte desse insucesso da estreia foi creditado à longa duração da ópera (três atos), mas também ao momento histórico tumultuado vivido então pela cidade de Viena, que, naqueles dias, havia sido invadida pelo exército napoleônico. Havia um clima de temor generalizado, e, na plateia, muitos dos espectadores eram militares franceses. Ademais, embora a trama se situasse em Sevilha, no fim do século XVIII, o tema da obra - a luta contra a tirania e a afirmação da liberdade e da justiça - certamente evocava a situação dos vienenses naquele momento.
Beethoven foi acusado de não saber escrever para as vozes, de tratá-las indistintamente como instrumentos e de ser pouco familiarizado com o gênero teatral. Apesar das duras críticas recebidas, o compositor fez uma nova versão em apenas dois atos, utilizando-se de um libretto revisto por seu amigo Stephan von Breuning. A obra foi reapresentada no ano seguinte (26 de março de 1806) com o título de Leonore (Op. 72a), mas não teve melhor sorte, sendo novamente retirada.
Só oito anos depois (1814), por solicitação do Theater am Kärntnertor, Beethoven voltou a trabalhar sobre Fidelio, com a colaboração do jovem Georg Friedrich Treitschke, que corrigiu uma vez mais o libretto, no sentido de melhorá-lo do ponto de vista teatral. A versão definitiva foi apresentada naquele mesmo ano, no dia 23 de maio. O sinal mais evidente do longo trabalho de composição são as quatro aberturas escritas por Beethoven para o Singspiel: duas compostas em 1804, uma em 1805 e a definitiva, feita em 1814.
Papéis principais:
Uma prisão na Espanha, na primavera
Don Fernando, (Ministro de Estado) - baixo
Don Pizarro, (Governador da Prisão) - baixo
Florestan, (Esposo de Leonore, prisioneiro político) - tenor
Leonore, (Esposa de Florestan, mas disfarçada de Fidélio) - soprano
Rocco, (Carcereiro-Chefe) - baixo
Marzelline, (filha de Rocco) - soprano
Jaquino, (Porteiro da prisão) - tenor
Orquestração:
1 flautim
1 tímpano
1 contra-fagote
2 flautas
2 oboés
2 clarinetes
2 fagotes
2 trompetes
2 trombones
4 trompas
Instr. de cordas: violinos (primeiros e segundos), violas, violoncelos e contrabaixos.
(*) Singspiel - ópera falada e cantada
Fontes consultadas:
wikipedia.org
Guia Ilustrado Zahar Ópera