Aerofone da família dos metais
CORNETA DE PISTÕES
Instrumento com válvulas de pistão, da família dos metais, em si bemol, em uníssono com o trompete em si bemol. A extensão escrita vai de fá sustenido até, normalmente, dó''', apesar de muitos executantes serem capazes de atingir uma oitava acima, ou mais.
O tubo é mais largo que o de um trompete moderno e o bocal é mais fundo, com a taça mais suavemente encaixada na garganta. A sonoridade do instrumento, consequentemente, é mais suave, redonda e menos brilhante do que a do trompete.
A corneta de pistões apareceu pela primeira vez em Paris c.1828, com duas válvulas e voltas para permitir que atingisse todas as notas, do ré bemol grave até dó. Na Inglaterra, as bandas de instrumentos de sopro a adotaram no lugar do bugle de chaves.
É hoje o principal instrumento agudo da banda de metais, sendo também usado na banda militar, na qual também se usa um modelo menor, em mi bemol. O instrumento é capaz de grande agilidade e flexibilidade na emissão das notas musicais.
Compositores franceses do século XIX, a partir de Berlioz, usaram a corneta por causa de seus pistões (os trompetes com pistões eram raros na época). Em muitas orquestras do final do século XIX, principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos, as partes para trompete eram tocadas em cornetas, prática que privou as partes clássicas para trompete de seu toque de chamada. Na orquestração posterior, a partir de Elgar e Stravinsky, inclui-se ocasionalmente a corneta.
CORNETA DE POSTILHÃO
(Al. Posthorn). Pequeno instrumento da família dos metais, originalmente com a nota fundamental em torno de si bemol, usado no passado por postilhões e guardas em carruagens postais. Na Alemanha, atingiu sua forma padrão, circular e com três espirais, no final do século XVIII. À medida que passou a integrar a música de concerto, adquiriu acoplamentos, chaves e, finalmente, válvulas.
Telemann e Bach procuraram imitá-lo através de outros instrumentos, e Mozart, Beethoven e Mahler compuseram para a autêntica corneta de postilhão. O postilhão inglês, longo e retilíneo, em lá ou lá bemol, ainda é fabricado e usado em apresentações do Posthorn Gallop (1844), de Koenig.
Vídeos:
ARTIGOS RELACIONADOS:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Dicionário Grove de Música, Edição Concisa, 1994 - Edição Língua Portuguesa, Jorge Zahar Editor.